2l431d
(Por Genilson Medeiros Maia
Aluno do perodo 98.2)
Os holandeses mantiveram os primeiros
contatos com a capitania do Rio Grande em junho de 1625 (CASCUDO: 1955),
quando chegaram Baa da Traio transportados por uma imSensa esquadra
comandada por Edam Boudewinj Hendrikszoon que no chegara a tempo para
defender o domnio de Salvador, na Bahia.
Na ocasio muitos dos marujos flamengos
encontravam-se doentes, razo pela qual o comandante da esquadra procurou
guarida para os mesmos em terra firme l mesmo na Baa da Traio. No
encontrando um bom tratamento para os enfermos, pois deparou-se com muitos
ndios assustados com os visitantes, mas, no obstante, conseguiu observar
as terras e principalmente a adeso de vrios ndios potiguares que
viajaram para a Holanda, de onde regressaram alguns anos ulteriores
possudos pela cultura holandesa tanto no que diz respeito ao idioma, ao
credo e mormente ao iderio, para servir de pea chave quando do domnio
holands no Rio Grande, haja visto a facilidade com que conseguiram a
adeso da indiaria potiguar aos fitos dos invasores.
A invaso do Rio Grande deu-se muito mais
pela sua localizao geogrfica, servindo assim de ponto estratgico para
o fortalecimento do domnio holands no Brasil, e pela sua potencialidade
no tocante ao fornecimento de proviso, sobretudo carne bovina aos
moradores de Pernambuco, que pela sua produo aucareira ou at mesmo
potencialidade nesta atividade econmica ou em outras atividades como a
aurfera que tambm as interessava.
A estratgia usada para a invaso
consistiu em, primeiro, obter informaes sobre o poder de fora lusa na
capitania e, segundo, fazer o reconhecimento do litoral potiguar e buscar
articulaes com a indiaria. Isso se deu inicialmente em outubro de 1631
com o envio de uma grande expedio ao Rio Grande que terminou por no
lograr xito no tocante a invaso em si em razo da brava reao do ento
capito-mor Cipriano Pita Porto Carreiro.
Uma outra expedio foi enviada em 1633
comandada pelos chefes militares Jan Corlisz Lichthardt e Baltazar Bijma,
acompanhados de Mathijs van Keulen e Servaes Carpenter. Esta expedio
aportou em Ponta Negra trs dias depois de sua partida de Pernambuco, na
manh de 08 de dezembro do mesmo ano, e as tropas holandesas ajudadas
pelos ndios que viajara Holanda em 1625 avanaram sobre a Capitania sem
encontrar resistncia, chegando em Natal no perodo vespertino do mesmo
dia, quando imediatamente partiram rumo ao Forte dos Santos Reis para
combaterem as fracas foras portuguesas. Trs dias de combates foi o
bastante para que as foras portuguesas capitulassem, embora sob o
protesto do capito-mor do Forte Pero Mendes Gouveia, que se encontrava
gravemente ferido. No mesmo dia da rendio os holandeses assumiram o
controle do Forte tendo como comandante o capito Joris Gastman, mudaram o
nome da fortaleza para Castelo de Keulen, assim como o de Natal
para Nova Amsterd e comearam uma fase de domnio absoluto que ficou
caracterizado pelo abandono, violncia e rapinagem sobre os povoados ento
existentes.
Com a assuno do poder, os holandeses
trataram de seguir as normas istrativas definidas em um regimento
preparado pela Companhia das ndias Ocidentais antes mesmo da invaso a
Pernambuco e posteriormente um outro trazido pelo Conde Joo Maurcio de
Nassau. Segundo estes documentos, os habitantes potiguares que aceitassem
ivamente a dominao flamenga ficariam sos de massacres e da
destruio de seus bens. Quanto aos portugueses, o documento estabelecia
que deveriam manter seus engenhos de cana-de-acar, e para tanto
concedia-lhes liberdade de comrcio desde que utilizassem seus navios para
transportar os produtos comercializados. Os que no se sujeitassem a essa
condio seriam obrigados a deixar o Pas e os seus bens eram confiscados.
Os holandeses, todavia, sempre
dispensaram um tratamento especial aos ndios, a quem chamavam de
brasileiros. Os ndios se configuravam como fortes aliados nas lutas
contra os portugueses, que sempre tentaram escraviz-los. Eles, os ndios,
chegavam de certa forma a ser paparicados pelos holandeses na medida em
que evitavam continuamente constrang-los ou escraviz-los em trabalhos
forados e, ao contrrio, procuravam educ-los e catequiz-los segundo
sua cultura e sua religio crist reformada.
No que se refere a organizao
istrativa os holandeses procuraram introduzir uma istrao
governativa igual da metrpole e criaram as Cmara de Escabinos ou
Juntas de Justias e as Freguesias ou Comunas, as quais contavam com trs
membros sempre presididas pelo Esculteto que sempre era representado por
um holands. Aos ndios tambm fora imposta essa forma governativa.
Durante esse domnio holands (1633-1654)
aconteceram massacres sanguinrios em Ferreiro Torto, Cunha, Uruau,
Extremoz e Guararas, quase sempre praticados pelos ndios aliados aos
novos invasores. A propsito, esse domnio holands sobre boa parte do
Nordeste do Brasil comeou a dar sinais de fragilidade em 1638, quando da
tentativa fracassada da conquista da Bahia, porm a sua longevidade deu-se
muito mais por entendimentos polticos entre Portugal e Holanda que por
superioridade das tropas flamengas sobre as portuguesas. A prova indelvel
disso que quando o mestre de campo Lus Barbalho Bezerra partiu, em
1639, de Touros rumo Bahia conseguiu seguidas vitrias sobre os
holandeses, chegando, inclusive, a prender o comandante do Castelo de
Keulen - Joris Gastman.
Fonte:
MAIA, G. (1998). A invaso
holandesa no Rio Grande (resumo). Histria do RN n@ WEB [On-line].
Available from World Wide Web: <URL: www.seol.com.br/rnnaweb/>
Pedimos sua ateno:
Novo sistema de governo (inventado)
para o Brasil (Apoltico), ou seja, sem polticos,
troque a irresponsabilidade pela responsabilidade, de o
seu apoio no site:
http://sfbbrasil.org
Conhea
o
Ache
Tudo e Regio o portal de todos
Brasileiros.
Coloque este portal em seus favoritos. Cultive o
hbito de ler, temos diversidade de informaes teis
ao seu dispor. Seja bem vindo,
gostamos de suas crticas e sugestes, elas nos ajudam a melhorar
a cada ano.
|