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HISTORIA DA CANA-DE-AUCAR |
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2l431d
Cana-de-acar no Rio Grande do Norte
A cana-de-acar foi primeira economia que o estado
conheceu, quando colonizadores pernambucanos ligados a
Jernimo de Albuquerque Maranho criaram o primeiro
engenho de acar, o Engenho Cunha, no incio do sculo
XVIII.
Na segunda dcada deste mesmo sculo, surgiria segunda
unidade produtora de acar, o Engenho Ferreiro Torto.
Com a atividade canavieira estabelecia no litoral de
Natal, inicia-se a ocupao do litoral norte, atravs
dos rios Piranhas-Au e Apodi-Mossor e atravs dos
referidos rios, ocorre a penetrao para os vales do
Piranhas-Au e Apodi-Mossor.
Outra frente de ocupao do territrio estadual foi a
criao de gado, que chega a penetrar no serto, tendo
origem no norte da Bahia e, atravs do Rio So Francisco
e de seus afluentes, como o Paje e o Brgida, atingiu o
rio Piranhas-Au no seu alto curso na Paraba e chega ao
Serid, implantando as primeiras fazendas de criar gado
no serto norte-rio-grandense.
O Rio Grande do Norte se manteve pouco povoado at o
sculo XVIII, pois sua rea de cultivo de cana no
litoral mido era territorialmente pouco expressiva e as
atividades do criatrio de gado, no serto, requeriam um
contingente pequeno de trabalhadores.
A cana-de-acar, portanto, produz um espao que vai se
diferenciar daquele usado pelos indgenas, representado
pelas reas de cultivo de cana, pelo engenho onde a
mesma era transformada em acar, pela Casa Grande, a
senzala e os espaos de escoamento dessa produo - o
porto. A economia canavieira inaugura alguns elementos
estruturais que se reproduzem at hoje e so apontados
como causa da nossa pobreza.
o caso da concentrao da terra. Naquele momento, elas
eram doadas em forma de "Sesmaria" a pessoas influentes
junto ao Rei de Portugal ou aos donatrios, que faziam
as doaes de extensas reas de terras onde novos
proprietrios ou sesmeiros, obrigavam-se ocup-las,
explor-las, criando assim as condies para o
povoamento.
Sesmeiros e posseiros, portanto, ao dominar a riqueza
maior - a terra - formaram uma sociedade elitista e
dividida em classes sociais, onde o poder econmico e
paramilitar exercido pelo proprietrio das terras, os
senhores de engenho, que organizavam as vilas, povoados
e cidades e am a exercer tambm o poder poltico,
votando e sendo votados para os cargos e funes
polticas como as Cmaras Municipais e as Intendncias.
As atividades econmicas ligadas produo do acar
geraram relaes de trabalho escravistas aparentemente
contraditrias expanso do Capitalismo mercantil, pois
permitiam o trabalho forado (o trabalho escravo), que
criava as condies para uma acumulao primitiva por
parte dos senhores de engenhos e uma acumulao
mercantil na metrpole, no caso Portugal e nos pases
europeus que tinham influncia sobre a economia
portuguesa.
Mas no possibilitavam a criao de um mercado interno,
j que os trabalhadores no eram assalariados. A
produo do acar requisitava um contingente enorme de
trabalhadores, que por conta da exclusividade das terras
para o plantio de cana buscavam os seus alimentos fora
do engenho, atravs dos roados de milho, mandioca,
cultivados por trabalhadores livres, mas principalmente
o gado bovino que, alm de fornecer a carne, o leite e o
queijo, tambm era usado para puxar moendas e carroas
nos engenhos primitivos.
Os registros do sculo XIX demonstravam uma expanso
dessa atividade canavieira, j que em 1845 existiam no
Estado 43 engenhos e 93 engenhocas. Esses dados so
acrescidos em 1861, quando so registrados 174 engenhos,
assim distribudos: 44 em Cear-Mirim, 33 em So Jos do
Mipibu, 27 em So Gonalo do Amarante, 27 em Nsia
Floresta, oito em Goianinha, doze em Canguaretama, seis
em Touros e sete em Natal.
Evoluo da produo de acar no Rio Grande do Norte
Ano 1847 1851 1854 1859 1861
Arroba (15 kg) 11.304 35.511 80.749 350.000 700.000
Referncias:
1- Fragmento do livro Economia do RN, Editora Moderna,
25 de dezembro de 2006.
2- Considerado por alguns historiadores como o fundador
da Cidade do Natal.
3- Pessoa ou donatrio que toma posse de um lote de
terra.
4- UOL Economia Colonial
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