HISTORIA DA CANA-DE-AUCAR
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Cana-de-acar no Rio Grande do Norte

A cana-de-acar foi primeira economia que o estado conheceu, quando colonizadores pernambucanos ligados a Jernimo de Albuquerque Maranho criaram o primeiro engenho de acar, o Engenho Cunha, no incio do sculo XVIII.

Na segunda dcada deste mesmo sculo, surgiria segunda unidade produtora de acar, o Engenho Ferreiro Torto. Com a atividade canavieira estabelecia no litoral de Natal, inicia-se a ocupao do litoral norte, atravs dos rios Piranhas-Au e Apodi-Mossor e atravs dos referidos rios, ocorre a penetrao para os vales do Piranhas-Au e Apodi-Mossor.

Outra frente de ocupao do territrio estadual foi a criao de gado, que chega a penetrar no serto, tendo origem no norte da Bahia e, atravs do Rio So Francisco e de seus afluentes, como o Paje e o Brgida, atingiu o rio Piranhas-Au no seu alto curso na Paraba e chega ao Serid, implantando as primeiras fazendas de criar gado no serto norte-rio-grandense.

O Rio Grande do Norte se manteve pouco povoado at o sculo XVIII, pois sua rea de cultivo de cana no litoral mido era territorialmente pouco expressiva e as atividades do criatrio de gado, no serto, requeriam um contingente pequeno de trabalhadores.

A cana-de-acar, portanto, produz um espao que vai se diferenciar daquele usado pelos indgenas, representado pelas reas de cultivo de cana, pelo engenho onde a mesma era transformada em acar, pela Casa Grande, a senzala e os espaos de escoamento dessa produo - o porto. A economia canavieira inaugura alguns elementos estruturais que se reproduzem at hoje e so apontados como causa da nossa pobreza.

o caso da concentrao da terra. Naquele momento, elas eram doadas em forma de "Sesmaria" a pessoas influentes junto ao Rei de Portugal ou aos donatrios, que faziam as doaes de extensas reas de terras onde novos proprietrios ou sesmeiros, obrigavam-se ocup-las, explor-las, criando assim as condies para o povoamento.

Sesmeiros e posseiros, portanto, ao dominar a riqueza maior - a terra - formaram uma sociedade elitista e dividida em classes sociais, onde o poder econmico e paramilitar exercido pelo proprietrio das terras, os senhores de engenho, que organizavam as vilas, povoados e cidades e am a exercer tambm o poder poltico, votando e sendo votados para os cargos e funes polticas como as Cmaras Municipais e as Intendncias.

As atividades econmicas ligadas produo do acar geraram relaes de trabalho escravistas aparentemente contraditrias expanso do Capitalismo mercantil, pois permitiam o trabalho forado (o trabalho escravo), que criava as condies para uma acumulao primitiva por parte dos senhores de engenhos e uma acumulao mercantil na metrpole, no caso Portugal e nos pases europeus que tinham influncia sobre a economia portuguesa.

Mas no possibilitavam a criao de um mercado interno, j que os trabalhadores no eram assalariados. A produo do acar requisitava um contingente enorme de trabalhadores, que por conta da exclusividade das terras para o plantio de cana buscavam os seus alimentos fora do engenho, atravs dos roados de milho, mandioca, cultivados por trabalhadores livres, mas principalmente o gado bovino que, alm de fornecer a carne, o leite e o queijo, tambm era usado para puxar moendas e carroas nos engenhos primitivos.

Os registros do sculo XIX demonstravam uma expanso dessa atividade canavieira, j que em 1845 existiam no Estado 43 engenhos e 93 engenhocas. Esses dados so acrescidos em 1861, quando so registrados 174 engenhos, assim distribudos: 44 em Cear-Mirim, 33 em So Jos do Mipibu, 27 em So Gonalo do Amarante, 27 em Nsia Floresta, oito em Goianinha, doze em Canguaretama, seis em Touros e sete em Natal.

Evoluo da produo de acar no Rio Grande do Norte
Ano 1847 1851 1854 1859 1861
Arroba (15 kg) 11.304 35.511 80.749 350.000 700.000

Referncias:

1- Fragmento do livro Economia do RN, Editora Moderna, 25 de dezembro de 2006.
2- Considerado por alguns historiadores como o fundador da Cidade do Natal.
3- Pessoa ou donatrio que toma posse de um lote de terra.
4- UOL Economia Colonial

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