HISTORIA DE NILPOLIS
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Por Cludio de Oliveira
Diretor do Patrimnio Histrico de Nilpolis

Nilpolis foi parte integrante da capitania hereditria de So Vicente, que pertenceu a Martin Afonso de Souza, em 1531.
Dividiu-a em sesmarias, doando grande parte a Braz Cubas fundador de Santos, em So Paulo, constando 3.000 braas por costa do lombo do Salgado e 9.000 braas para dentro em o Rio Meriti, correndo pela piaaba de Jacutinga, habitada pelos ndios jacutingas, em 1568.

Nesta sesmaria inclua-se Nilpolis, So Joo de Meriti, Nova Iguau e Caxias, at s fraldas do Gericin, que depois foram transformadas em novas sesmarias e grandes fazendas.

Em 1621 esta rea denominada Fazenda de So Mateus, veio a pertencer a Joo Alvares Pereira, com os limites at a cachoeira dos engenhos de Francisco Dutra e Andr S. Mateus, entre a data da Cachoeira (rio Pioim) at parte da serra da Maxambomba (atual Nova Iguau).

Em 1637 Joo Alvares Pereira manda construir a Capela de So Mateus, no alto da colina de Nilpolis, de barro batido (adobo) pelos ndios aqui existentes, j escravizados.

Sucedeu a Joo Alvares Pereira, Diogo Pereira, certamente seu parente, at o ano de 1700 quando as terras am a pertencer a Domingos Machado Homem, cujo filho o Padre Matheus, na qual casa a irm Maria Gaga Machado com o capito Manuel Pimenta Sampaio, em 1742.

Em 1747 a Capela de So Mateus elevada a matriz de So Joo de Meriti, dando origem cidade, e recebe a visita do Monsenhor Pizzaro em 1788, atestando o uso como curada, portanto, pronta para todos os atos de f crist.

Falecendo Domingos Machado Homem, casado com Joana de Barcelos, sucede-lhe o padre Matheus Homem Machado,que continuou a istra-la com engenho e grande produo de acar e aguardente que escoava no Porto da Pavuna.

Quando do falecimento do Padre Matheus Homem Machado, do seu testamento constou que a fazenda tinha 1280 braas de terra, que fazem testada no rio Pavuna, que as dividia das terras de Oliveira Braga (engenho Nazareth), correndo aos fundos com o rio chamado Cachoeira Pequena (Maxambomba), que divide as terras do capito Manuel Correa Vasques; de uma banda partem as terras com o engenho da Pavuna, do capito Igncio Rodrigues da Silva e da outra com terras do capito Manuel Cabral de Mello e do ajudante Igncio Barcelos Machado.

E, no ano de 1779, seu proprietrio o alferes Ambrsio de Souza Coutinho, e a fazenda atinge seu esplendor com a produo de 30 caixas de acar e 14 pipas de aguardente, tendo uma populao de 50 escravos sendo a mais importante da regio.

O engenho situava-se na atual Antnio Jos Bitencourt (anteriormente Rua Coronel Jlio de Abreu) esquina da Rua Lcio Tavares, e que atravs de um caminho, dava o capela So Mateus, onde residiam e pernoitavam os sucessivos proprietrios da rea da ento fazenda de So Mateus.

Com a inaugurao a 29 de maro de 1858 da linha de trem da E.F.D Pedro II (atual E.F.C do Brasil), cortando a fazenda com destino a Queimados, a populao nativa foi abandonando as terras, no s devido ao movimento abolicionista como tambm por novas opes de mo-de-obra devido ao progresso e outras novas atividades.

E as terras da Fazenda So Mateus a partir de 1866, tinham como proprietrios os capitalistas do Rio de Janeiro o Conde e o Baro de Bonfim, e por fim, Jernimo Jos de Mesquita, que as negociou com o criador de cavalos e mulas, Joo Alves Mirandela, que tinha como scio Lzaro de Almeida, conforme escritura lavrada no dia 22 de setembro de 1900, no valor de vinte e cinco contos de ris.

Da escritura consta que alm das terras negociadas havia dois barraces e imvel, que era a capela de So Mateus, e sede da fazenda que limitava-se pelo lado de Maxambomba (atual Nova Iguau) com a fazenda da Cachoeira, de propriedade do Baro de Mesquita e com as terras dos herdeiros de Antnio Rocha; pelo lado da Pavuna, com as terras dos herdeiros do capito Augusto da Costa Barreto e Sebastio Alves de Almeida; pelo lado direito, com o Distrito Federal, com as terras da fazenda de Nazareth (Anchieta) e terras da fazenda do Cabral (do capito Manuel Cabral).

Joo Alves Mirandela e seu irmo Manuel Alves Mirandela, grandes criadores de animais para o Exrcito, cercaram uma rea, junto cerca da fazenda do Gericin, at que seu enteado Vitor Ribeiro de Faria Braga, convenceu-o a desmatar a fazenda para um possvel loteamento.

Procedido ao desmatamento o mesmo enteado props a Joo Alves Mirandela que se fizesse uma planta da rea, que foi aceito por um documento pblico, chamando o ento engenheiro da Central do Brasil, Teodomiro Gonalves Ferreira, para executar a planta da cidade que iria surgir das matas da fazenda.

E, j no final de 1913 os jornais anunciavam lotes medindo 12,50m. por 50,00m., em suaves prestaes.

Um destes anncios chamou a ateno do Coronel Jlio de Abreu que veio pessoalmente conhecer a cidade que estava surgindo, e logo enamorou-se, comprando vrios lotes e trazendo aps, vrios importantes amigos, objetivando erguer uma cidade promissora.

Ele mesmo construiu a primeira casa de pedra e cal, dando o nome de Vila Ema, em homenagem sua esposa, inaugurando-a festivamente, com as presenas de comerciantes, banqueiros, polticos, homens pblicos, ligados ao Rio de Janeiro, no dia 06 de setembro de 1914, marco de fundao da cidade de Nilpolis.

No mesmo local fundou o bloco do Progesso de So Matheus depois de Nilpolis, sob sua inspirao e presidncia, tendo como presidente de honra Nilo Peanha, que aqui esteve duas vezes, com o pensamento voltado para obter os melhoramentos de que uma cidade carece.

Foi atravs dele que a cidade teve imediatamente ligao d'gua; ligao de luz e iluminao pblica; agncia do correio; escolas particulares e pblicas; comunicao; horrio de trens; pontes ligando ao Rio de Janeiro e Nova Iguau; servio de profilaxia rural; bandas de msica e uma grande revista "Nilpolis". Nilpolis, j se chamou parada de So Mateus; parada e estao de Engenheiro Neiva, em homenagem a Lucas Soares Neiva, construtor da parada e plataforma dos trens; e Nilpolis, em homenagem a Nilo Peanha, a partir de 01 de Janeiro de 1921, grande benfeitor de Nilpolis, numa festividade inesquecvel.

Nilpolis esteve por muito tempo vinculado e fazia parte integrante da vida de So Joo de Meriti, ento quarto distrito de Nova Iguau, at que por solicitao do Deputado Manoel Reis, pela Lei n 1332, foi elevado a stimo distrito de Nova Iguau a partir de 1916, com apenas dois anos de existncia como cidade.

E seu desenvolvimento foi num crescendo extraordinrio, graas ao empenho de sua populao laboriosa at que estando em discusso a nova carta constitucional do Estado do Rio de Janeiro, o Deputado Lucas de Andrade Figueira props uma emenda, promulgada a 20 de junho de 1947, emancipando Nilpolis juntamente com So joo de Meriti, e que se comemora a 21 de agosto de cada ano.

Porm, cometeu-se nesta emancipao uma flagrante injustia, pois sendo a rea de 22 Km2, que era a mesma da Fazenda de So Mateus, ficou reduzida a apenas 09 Km2, perdendo 5,60 Km2 para o Gericin; 5,60Km2 para So Joo de Meriti e 1,80 Km2 para Nova Iguau.

Primeira casa da Cidade,construda por Coronel Jlio de Abreu, em homenagem sua esposa, no dia 06 de setembro de 1914, marco de fundao da cidade de Nilpolis.

Conhea mais sobe esta bela cidade visite este site: www.nilopolis.com.br

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