HISTORIA DE DIAMANTINA
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O SURTO aurfero verificado na regio do Ivituri, em fins do sculo XVII, motivou uma expedio com o fito de explorar as minas do territrio. Fracassada a minerao nas terras do vale do Jequitinhonha, o grupo rumou para oeste orientado pelo pico de Itamb at a confluncia de dois rios: Pururuca (em tupi-guarani, "cascalho grosso") e o rio Grande acampando (1691) nas margens de um riacho a que denominaram Tijuco e do qual originou o arraial do mesmo nome, mais tarde cidade de Diamantina. No existia, naquele stio, abundncia de ouro, como a princpio se sups. Este fracasso inicial ameaava o desenvolvimento da povoao, quando a descoberta de diamantes por Bernardo da Fonseca Lobo fez convergir (1729), para as reas do Tijuco, a cobia de habitantes das terras vizinhas, transformando o arraial em lugar de esplendor e grande luxo. O progresso local durante esta poca esteve conjugado com o comrcio diamantfero.

Chegando a notcia da descoberta Corte Portuguesa, D. Joo V comeou por proibir as mineraes, atravs da ordem Rgia de 16 de maro de 1731, ao Governador das Minas D. Loureno de Almeida. Em 1732, no entanto, ante reiteradas peties ao governador, foram restabelecidas com a condio de no serem praticadas por escravos ou fora do arraial; dois anos depois, foi criada a Real Intendncia, com o objetivo de evitar que os garimpeiros se subtrassem fiscalizao da Coroa, o que desencadeou uma ao terrorista contra eles. Em vista disso, a Real Coroa, em 1738, resolveu implantar o regime de contratos para a extrao de diamante.

Nomeado contratador, pouco tempo depois, Joo Fernandes de Oliveira estimulou construes, o comrcio floresceu, surgiram as primeiras igrejas, ensejando a que o arraial conhecesse tempos de grande prosperidade.

Os garimpeiros, todavia, viveram dias de grande opresso durante o regime dos contratos; o poderio dos contratadores era to atuante que os transformava em verdadeiros carrascos na execuo dos atos impostos pela Real Coroa. desta poca o clebre Livro da Capa Verde, cdigo que controlava os atos da populao sob seus vrios aspectos. Os intendentes cumpriam fielmente os artigos despticos do livro. Depois de luta incansvel, os tijucanos conseguiram, em 1821, a reforma do cdigo, fazendo diminuir o poderio dos intendentes.

Por esta poca, o arraial do Tijuco foi visitado por diversas figuras de nomeada internacional: Spix, Von Martius, Saint-Hilaire, Eschwege, John Mawe, dentre outros, l estiveram.

A partir de 1828, a povoao, ultraado o perodo inicial de seu crescimento, livre da simples ambio de riqueza, teve amplo desenvolvimento; a sociedade se organiza, definem-se as classes sociais e surge o interesse pela cultura Em conseqcia Diamantina se tornou um dos centros mais florescentes da poca.

A elevao do arraial do Tijuco categoria de vila, com o nome de Diamantina, ocorrido em 1831, a criao da cidade do mesmo nome, ados sete anos, foram, dentre outros, fatos que contriburam decisivamente para o progresso daquela regio.

Formao istrativa

O Distrito foi criado por Alvar de 17 de outubro de 1819, o Municpio, por Decreto de 13 de outubro de 1831, com territrio desmembrado do termo da vila do Serro e sede no povoado de Tijuco. Instalado a 4 de junho de 1832, teve a sede municipal elevada categoria de cidade, em face da Lei provincial n. 93, de 6 de maro de 1838.

A Lei estadual n. 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criao do distrito-sede de Diamantina que, segundo a diviso istrativa de 1911, era constituda de 17 distritos: Diamantina, Curralinho, Mendanha, Rio Manso, Chapada, Datas, Gouva, Inha, Rio Preto Pouso Alto, Mercs de Araua Curimata, Glria, Campinas de So Sebastio, Guinda, Varas e Tbua.

No Censo de 1920, os distritos continuam os mesmos, apresentando-se, porm, alguns com outras designaes. Assim, o de Chapada transformou-se em So Joo da Chapada; Varas, em Conselheiro Mata, e Tbua, em Joaquim Felcio.

Pelo disposto na Lei estadual n. 843, de 7 de setembro de 1923, Diamantina perdeu o distrito de Glria, desligado para fazer parte do novo Municpio de Corinto e teve suprimido o de Mendanha, cujo territrio foi anexado aos de Diamantina, Inha, Campinas (ex-Campinas de So Sebastio), Rio Manso e Extrao (ex-Curralinho). Ainda em face da mesma lei, foi criado o distrito de Buenpolis, desmembrado do de Joaquim Felcio, o distrito de So Gonalo do Rio Preto (ex-Rio Preto) tomou o nome de Felisberto Caldeira; e o de Pouso Alto, o de Tijucal.

Segundo a diviso istrativa de 1933, o distrito de Calabar (ex-Mercs de Araua) teve seu topnimo alterado para Mercs de Diamantina.

De acordo com o texto do Decreto-lei n. 148, de 17 de dezembro de 1938, perdeu Diamantina os distritos de Buenpolis, Curimata e Joaquim Felcio para o novo Municpio de Buenpolis e voltou a abranger o de Mendanha, j agora institudo com terras desmembradas apenas do de Couto de Magalhes (ex-Rio Manso).

A Lei n. 1.058, de 31 de dezembro de 1943 alterou a denominao de Campinas para Senador Mouro, e pela de n. 336, de 27 de dezembro de 1948, o distrito de Gouva ou a Municpio e foi criado o distrito de Monjolos, com territrio desmembrado do de Conselheiro Maia.

Na diviso estabelecida pela Lei n. 1.039, de 12 de dezembro de 1953, Diamantina contou com mais um distrito, o de Felcio dos Santos, criado com parte dos de Felisberto Caldeira e Mercs de Diamantina. Assim permaneceu na Diviso Territorial de 1. de julho de 1960.

Em 30 de dezembro de 1962, segundo a Lei n. 2.764, perdeu os distritos de Couto de Magalhes Datas, Felcio dos Santos, Felisberto Caldeira, Monjolos, os quais, com os mesmos nomes, foram elevados categoria de Municpio, e os de Tijucal e Mercs de Diamantina que aram a constituir os municpios de Presidente Kubitschek e Senador Modestino Gonalves, respectivamente.

Criados na mesma data, os distritos de Desembargador Otoni, Planalto de Minas e Sopa.

Constituio atual: Diamantina (sede), Conselheiro Mata, Desembargador Otoni, Extrao Guinda, Inha, Mendanha, Planalto de Minas, So Joo da Chapada, Senador Mouro e Sopa, a mesma existente no Censo Demogrfico de 1970.

Diamantina sede de Comarca de 3. entrncia e tem jurisdio sobre os municpios de Couto de Magalhes de Minas, Felcio dos Santos, Felisberto Caldeira, Gouva, Monjolos, Presidente Kubitschek e Senador Modestino Gonalves.

IBGE pagina visitada em 18/10/2012

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