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 Historia
de Ibirau ES
| A colonizao de Ibirau comeou com a construo de
um barraco para abrigar os primeiros imigrantes italianos, em 1877. O
lugar recebeu o nome de Ncleo Conde DEu. Antes da construo do
barraco, o ncleo chamava-se Abreu Lima, por ter sido fundado pelo
ento presidente da Provncia, Afonso Peixoto de Abreu Lima. |
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Com a Proclamao da Repblica, O ncleo foi chamado de Guaran. Em 1892,
mudou o nome para Pau Gigante e, em 1943, tornou-se Ibirau.
O Municpio foi colonizado pelas primeiras trs levas de imigrantes
italianos que desembarcaram dos navios "Colmbia", "Izabella" e "Clementina".
Os colonos enfrentaram srias dificuldades com a mata virgem, doenas e a
desorganizao do governo central. A febre amarela atingiu intensamente os
colonos e, em 1895, foi suspensa a imigrao para o Esprito Santo.
Mais de 240 pessoas morreram, sendo que o maior surto aconteceu em maro
de 1878. Como o ncleo no prosperava, no auge da epidemia, chegaram do
Cear 134 nordestinos que fugiam de uma das piores secas da poca do
imprio.
Eles foram destinados a Ibirau, para a miscigenao, mas tambm no foram
poupados da doena, que matou 41 deles. Desde o primeiro ncleo
colonizador, que localizou-se numa rea denominada por Crrego Fundo,
iniciou-se o cultivo da cana-de-acar e logo a seguir foi implantada a
cultura do caf, que continua sendo a atividade mais importante da
economia agropecuria municipal, ao lado da pecuria mista, com tendncia
leiteira.
Em nossa regio, desbravaram terras, romperam fronteiras e fundaram o
Ncleo Colonial Conde DEu, depois Bocaiva, depois Vila Guaran e
finalmente em 1943, Ibirau, que o Tupi - Guarani significa Pau Gigante.
Hoje em Ibirau, existem dois monumentos histricos que retratam a
histria de nossa colonizao italiana.
Praa "Aristides Guaran": Na Praa Central de Ibirau encontra-se o
Monumento em mrmore com uma placa de bronze alusiva ao Centenrio da
Imigrao Italiana de Ibirau.
O monumento inaugurado na istrao do Prefeito Municipal Sr. Jos
Anzio Secomandi no dia 14 de agosto de 1977 homenageia o General
Aristides Armnio Guaran, diretor da colonizao, e por isso a praa onde
se encontra o referido monumento recebeu o nome de Praa "Aristides
Guaran".
O outro monumento as margens da BR-101, na entrada da cidade foi
inaugurado por ocasio da festa do Centenrio de Emancipao Poltica do
Municpio na istrao do Prefeito Sr. Marcus Antnio Vicente, no dia
11 de Setembro de 1991.
O monumento em placa de ferro, idealizado e confeccionado pela artista
Cludia Cecatto Marim, nascido em Acioli, atual distrito de Joo Neiva que
representa a histria de um Municpio centenrio, que foi construdo,
cresceu e se emancipou com o trabalho e sofrimento de pelo menos trs
geraes e que sempre mantiveram a fora, a luta e a unio (braos
erguidos) como bandeira que gera progresso.
Pode ser interpretado tambm como a representao da famlia unida (pai,
me e filho) que ainda hoje , a instituio que sustenta toda histria de
um povo, de uma sociedade.
No princpio do Sculo XIX ocorreram grandes
modificaes polticas e econmicas na Europa. Terminada as guerras
napolenicas, o Congresso de Viena - 1814/1815 - estabeleceu
arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianas, sem escutar
os povos a eles submetidos.
Assim, a Itlia se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo, em
consequncia, o ideal da unificao. Esta foi obtida apenas em 1870,
graas a Vitor Emanuel II, o Primeiro Ministro Cavour e o revolucionrio
Giuseppe Garibaldi.
Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substitudo por uma
dura realidade: batalhes de desempregados e camponeses sem terras no
tendo como alimentar a si nem as suas famlias.
A Revoluo Industrial, com a advento das mquinas, substitura o trabalho
do homem, com muito mais lucro e perfeio. A soluo foi emigrar em busca
de novas terras no exploradas e ricas.
Embora a situao econmica de toda a Itlia tenha se deteriorado durante
o perodo final do sculo XIX, a crise no abalou de forma homognea todas
as regies deste pas.
O Norte foi a primeira rea a ser atingida, pois ali comeou a ser
desenvolvida a industrializao, deixando os agricultores que
complementavam sua renda com o trabalho artesanal sem emprego e sem ter
mercado para colocar seus produtos - que no podiam competir com os
produzidos pelas fbricas locais ou com os importados.
Por isso, o norte da Itlia viria fornecer as primeiras grandes levas de
emigrantes, e o Sul daquele pas s iria viver o processo de emigrao
mais tarde, principalmente a partir do incio deste sculo.
Os primeiros colonos que chegaram aqui escreviam s suas famlias e
amigos, contando as vantagens que encontraram na nova terra - muitas vezes
omitiam as dificuldades.
Assim, atraram novos imigrantes, e por isso muitos dos que vieram para c
so originrios das mesmas localidades e s vezes das mesmas famlias.
A grande predominncia de vnetos fez com que aqui os dialetos da regio
prevalecessem, e que, da fuso dos diversos dialetos, surgisse uma "lngua
geral", que chamada de vneto.
Mas essa "lngua" foi enriquecida com expresses locais e mescladas com
algumas palavras em portugus "pronunciadas" pela "italianada", para
designar hbitos e objetos inexistentes na Itlia, tais como o churrasco (sorasco),
bombacha (bombassa) e cangalha (gringaia).
A imigrao que ocorreu no perodo do final do sculo XIX e o incio do
sculo XX, est associado s transformaes sociais, polticas e
econmicas que aconteceram no mundo ocidental, em decorrncia da expanso
do capitalismo, e s novas formas de produo adotadas.
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No princpio do
Sculo XIX ocorreram grandes modificaes polticas e econmicas na
Europa. Terminada as guerras napolenicas, o Congresso de Viena -
1814/1815 - estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de
governo e alianas, sem escutar os povos a eles submetidos.
Assim, a Itlia se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo,
em consequncia, o ideal da unificao. Esta foi obtida apenas em
1870, graas a Vitor Emanuel II, o Primeiro Ministro Cavour e o
revolucionrio Giuseppe Garibaldi.
Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substitudo por
uma dura realidade: batalhes de desempregados e camponeses sem terras
no tendo como alimentar a si nem as suas famlias.
A Revoluo Industrial, com a advento das mquinas, substitura o
trabalho do homem, com muito mais lucro e perfeio. A soluo foi
emigrar em busca de novas terras no exploradas e ricas.
Embora a situao econmica de toda a Itlia tenha se deteriorado
durante o perodo final do sculo XIX, a crise no abalou de forma
homognea todas as regies deste pas.
O Norte foi a primeira rea a ser atingida, pois ali comeou a ser
desenvolvida a industrializao, deixando os agricultores que
complementavam sua renda com o trabalho artesanal sem emprego e sem
ter mercado para colocar seus produtos - que no podiam competir com
os produzidos pelas fbricas locais ou com os importados.
Por isso, o norte da Itlia viria fornecer as primeiras grandes levas
de emigrantes, e o Sul daquele pas s iria viver o processo de
emigrao mais tarde, principalmente a partir do incio deste sculo.
Os primeiros colonos que chegaram aqui escreviam s suas famlias e
amigos, contando as vantagens que encontraram na nova terra - muitas
vezes omitiam as dificuldades.
Assim, atraram novos imigrantes, e por isso muitos dos que vieram
para c so originrios das mesmas localidades e s vezes das mesmas
famlias.
A grande predominncia de vnetos fez com que aqui os dialetos da
regio prevalecessem, e que, da fuso dos diversos dialetos, surgisse
uma "lngua geral", que chamada de vneto.
Mas essa "lngua" foi enriquecida com expresses locais e mescladas
com algumas palavras em portugus "pronunciadas" pela "italianada",
para designar hbitos e objetos inexistentes na Itlia, tais como o
churrasco (sorasco), bombacha (bombassa) e cangalha (gringaia).
A imigrao que ocorreu no perodo do final do sculo XIX e o incio
do sculo XX, est associado s transformaes sociais, polticas e
econmicas que aconteceram no mundo ocidental, em decorrncia da
expanso do capitalismo, e s novas formas de produo adotadas.
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Artilharia pesada de Ibirau no Rio de Janeiro
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Famlia Farina
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Imigrantes italianos recm chegados da Itlia
Desenbarque dos imigrantes italianos no Brasil
Colnia de imigrantes italianos no Brasil |
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